quinta-feira, 23 de abril de 2009

Desafios e TV COMUNITÁRIA





Ao contrário do que pode parecer, o tema televisão comunitária no Brasil não remete ao um modelo único. Ele é multifacetado, pois a sociedade civil construiu diferentes maneiras de trabalhar o audiovisual, originalmente a partir do vídeo, único meio capaz de conciliar imagem e som, acessível às manifestações populares durante muito tempo.
Com o advento de novas tecnologias da informação, originaram-se os canais comunitários, que, com a finalidade de ser meios de expressão para aqueles que historicamente foram privados dos direitos de participar como emissores ativos de conteúdos através dos meios de comunicação de massa; os movimentos sociais, sindicatos e outras organizações sem fins lucrativos. A idéia é fazer uma televisão que enfatize o desenvolvimento da cidadania cultura, e, conseqüentemente, contribua para o desenvolvimento social e local.
Entretanto, muitas limitações dificultam as operações dos canais comunitários no Brasil, entre elas: a falta de recursos; a impossibilidade de contratação de funcionários (com exceções); não existência de um centro de produção coletiva; restrição ao acesso do cidadão (o acesso principal é garantido somente a entidades associadas, ou àquelas que compõem o conselho gestor ou que costumam ler o Diário Oficial e têm recursos para pagar a veiculação); sub-utilização (por entidades e cidadãos) dos espaços abertos para a veiculação de programas e para a participação na programação de livre acesso, produzidos pelos canais; exibição de programas distantes da perspectiva comunitária; sofrível produção de grande parte dos conteúdos veiculados; conflitos de interesses existentes no âmbito interno dificultam a gestão e provocam a morosidade nas decisões e na incorporação de inovações; cobrança de taxas para veiculação de programas por parte de alguns canais; falta de planejamento sistemático do canal como um todo, mas principalmente no que se refere à sua comunicação e às formas mais profissionalizadas de captação de recursos; e transmissão restrita ao sistema a cabo de televisão.

A primeira parte compreende todo o aspecto operacional, composto pela infra-estrutura (espaço físico e equipamentos) e pelo quadro de pessoal. A parte operacional trata também da definição de normas e procedimentos que tornem seu funcionamento ágil, imparcial e transparente. É, portanto, no desenho operacional que são definidos desde o parque de equipamentos até o regimento interno e seus diversos procedimentos. Neste nível, os desafios a serem enfrentados são, de um lado, os investimentos na compra de equipamentos, mobiliário, na manutenção da sede provisória e na aquisição ou locação de sede definitiva, além da definição de quadro de pessoal necessário para a TV Comunitária funcionar adequadamente; por outro lado, o desafio concentra-se nas normas de funcionamento da TV Comunitária, separando claramente as diversas etapas do processo, com suas respectivas funções, responsabilidades e procedimentos. Um dos desafios imediatos é a implantação de toda a infra-estrutura de produção e emissão de programas fixos e ao vivo. Ainda, na questão operacional foi dada atenção especial à metodologia de gestão, especificamente no âmbito da direção.- A segunda parte focaliza a questão financeira e trata principalmente, pelo menos na área de planejamento estratégico, da definição e implantação de uma estratégia de captação de recursos. Esta abordagem trata de questões concretas: o mapeamento dos diversos tipos de fontes de recursos possíveis sejam elas mensalidades, contratos, convênios, permutas, doações, projetos, patrocínios, prestação de serviços através da produção de programas, etc. e uma análise de viabilidade e adequação ao projeto TV Comunitária. É também tratada a questão do custo operacional. - A terceira parte engloba todo o aspecto programático, isto é, da configuração do projeto da TV, sua linha editorial que irá nortear tanto a produção quanto a programação. Em essência o projeto da TV enquanto ator sócio-cultural afeta também as relações institucionais, já que aponta as lutas nas quais vão se engajar, além dos diversos campos nos quais vai investir e as parcerias que irá articular para viabilizar seus projetos, dando ênfase aos dois paradigmas que a norteiam: ampliar o acesso aos diversos setores da sociedade e constituir um pólo de experimentação de linguagem e processos de comunicação.


Resumo dos Percalços:

- Busca de infra-estrutura (espaço físico);

- Quadro de pessoal;
- Seqüência editorial com cunho ideológico (opinião de um grupo restrito)
- Desinformação por parte da população que confunde TV comunitária com TV pirata (estereótipo);
- Conflitos de interesses existentes no âmbito interno dificultam a gestão e provocam a morosidade nas decisões e na incorporação de inovações;
- Compra de equipamentos necessários para transmissões fixas e ao vivo;
- Dificuldade de Aquisição ou locação de sede definitiva;
- Obtenção de recursos para o seu funcionamento;
- Ausência de planejamento estratégico no campo da variedade de assuntos;
- Podem sofrer interferências de interesses políticos partidários ou comerciais, comprometendo sua linha de atuação comunitária.
- Transmissão restrita ao sistema a cabo de televisão.


2 comentários:

  1. Boa noite! sou Radialista aqui na minha cidade, e gostaria de comprar com vcs os equipamentos necessarios para a instalão de um TV Comunitaria na minha cidade, como posso obter informção sobre a legislação, e a forma mais Rapido para se instalar a mesma, vcs pode me ajudar. Silvano da Silva Leite.silvanodaradio2010@gmail.com.
    Muito Obrigado.

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  2. boa tarde nos temos rádio comunitaria aqui em terra nova do norte mato grosso, como eu faço pra fazer projeto para trazer televisao comunitária aqui em terra nova do norte mato grosso, aqui não tem nenhuma televisão....pauloricardotnn@hotmail.com

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